De Arequipa para La Paz, com o cruzar dos Andes e a presença da cristalina neve, pode ser que as almas se tenham purificado e entremos num Dakar num registo que habitual.
Sim, não é de todo normal, nem nos anos mais duros de África, haver tantas desistências e problemas no início da prova: os pilotos amadores desistem e os profissionais e as grandes equipas ressentem-se. Ninguém está muito contente, a avaliar pelo rol de críticas directas e indirectas à organização.
Neste momento temos uma prova nos automóveis que está longe de estar decidida, com Peter The Boss a liderar com 27 minutos de vantagem para Sainz e, com mia suma hora que o espanhol da Peugeot, aparecem os homens da Toyota a discutirem entre si o possível terceiro lugar.Nas motos as coisas são bem diferentes, com etapas discutidas ao segundo entre os meninos do Pedro Bianchi Prata (Honda) e a Yamaha. A KTM tem andado "longe" do primeiro lugar e Price ainda não fez das suas...
Um nota importante nesta luta das motos: quer a Honda quer a Yamaha têm muito que agradecer ao trabalho fantástico que o Helder Rodrigues fez. Se hoje são o que são, foi porque houve alguém que desde a fase embrionária dos seus projectos do Dakar criou uma excelente base de desenvolvimento.Nos SSV, a "minha categoria", Reinaldo Varela lidera com o Can Am construído pela alemã South Racing... que por acaso até está em Portugal, bem ali às portas de Lisboa. Apesar da dureza, o tempo de Varela dava para o vigésimo sexto lugar entre os automóveis, a morder os calcanhares a Carlos Sousa.
E por falar em mix de classificações, Nikolaev e o seu Kamaz fechariam o Top Ten da classificação dos auto, no não muito pequeno e ágil camião russo.
Hoje é dia de repouso; mas não pensem que vai ser só para dormir e lavar os carros. Há muito parafuso para apertar, rebites para refazer e chapa a soldar!
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