Argentina: meta à vista

A entrada na Argentina significa que a meta está à vista: agora é hora de avaliar os danos, saber onde atacar e onde poupar. Ninguém deverá querer colocar em causa uma boa classificação num Dakar; especialmente este que é muito duro e marca a 40ª edição.
Enquanto o Bianchi Prata e o Lavadinho se gladiam nas redes sociais pelo melhor ângulo e luz - para mim o Lavadinho vai à frente!!! - Sainz, Nasser e Peterhansel - têm uma batalha a travar.
Neste momento a vantagem está para o lado do espanhol, após Peterhansel ter partido a suspensão, a transmissão, a parte traseira do carro, por, segundo o próprio, ir demasiado depressa. É um Peugeot, não é um Panzer! Mas duas horas depois estava a rolar porque tudo se constrói como um Lego e quando Cyril Déspres chegou ao local, tiveram apenas que retirar as peças do carro de Déspres e colocá-las no carro de Peterhansel.
Isto foi na etapa 7, que ligou La Paz a Uyuni. Na etapa 8, que levou os concorrentes a Tupiza, Peterhansel venceu a etapa, mostrando que nunca anda depressa demais.
Com tudo isto e com a anulação, devido ao mau tempo, da etapa 9, de Tupiza a Salta,  na clasificação geral dos automóveis, 1:27:09 separam o primeiro do quinto: Sainz, Al-Attya, Peterhansel, Ten Brinke, De Villiers.
Nas motos, discute-se ao segundo!
Barreda Bort,  depois de ter comandado anda a fazer um brilharete: está em quinto, a oito minutos do primeiro, e a conduzir com um estiramento de ligamentos no joelho.  A raça do espanhol e a vontade de vencer supera qualquer dor!
Van Beveren e Benavides lutam ao segundo, com as motos que têm a assinatura de Helder Rodrigues.
Temos Dakar!
Hoje são 373 km de especial num total de 424 km com muita areia, pedras, terra e vegetação rasteira. Com a chuva que cai por aquelas bandas, tudo se deve transformar em lama.
Força pilotos, força Lavadinho: queremos essas imagens!